segunda-feira, 21 de março de 2011

Líbia liberta quatro jornalistas do "New York Times"

O governo da Líbia libertou nesta segunda-feira os quatro jornalistas do jornal americano "The New York Times" detidos há seis dias, quando cobriam os conflitos entre as tropas do ditador Muammar Gaddafi e os rebeldes de oposição.
A informação foi confirmada pelo próprio jornal, que afirma que os jornalistas estão soba custódia da Embaixada da Turquia no país.

O jornal diz que eles, como vários jornalistas ocidentais, entraram na região controlada pelos rebeldes na Líbia pela fronteira com o Egito e sem visto. Eles foram detidos pelas forças de Gaddafi em Ajdabiya, próximo ao reduto rebelde de Benghazi.

Os jornalistas entraram em contato pela última vez com seus editores na terça-feira (15).

Os jornalistas desaparecidos são o duas vezes premiado com o Pulitzer, Anthony Shadid; Stephen Farrell, videorrepórter que foi raptado pela milícia Taleban em 2009, no Afeganistão (e que posteriormente fora resgatado pelas tropas britânicas no país); além de dois fotógrafos, Tyler Hicks e Lynsey Addario, ambos com larga experiência na cobertura de Oriente Médio e África.

BRASIL

O repórter brasileiro Andrei Netto, correspondente de "O Estado de S. Paulo", passou uma semana desaparecido na Líbia, país que deixou no último dia 11, após intensas negociações por sua libertação.

O jornal havia perdido contato com o repórter quando ele foi ao oeste do país cobrir os conflitos.

Netto viajava com Abdul-Ahad, repórter de cidadania iraquiana do "Guardian". O repórter --que trabalha no jornal britânico desde 2004 e já foi enviado ao Iraque e ao Afeganistão-- não entrava em contato com o jornal desde domingo retrasado, mas foi libertado na quarta-feira passada (16).

Os dois jornalistas estavam nos arredores de Zawiyah, uma cidade controlada por rebeldes a aproximadamente 50 quilômetros a oeste da capital Trípoli e local de violentos confrontos nos últimos dias entre insurgentes e forças leais a Muammar Gaddafi.

A BBC também informou que uma de suas equipes foi detida pelas forças de segurança da Líbia, agredida e sujeita a uma falsa execução depois que seus membros foram detidos em um posto de controle no caminho à Zawiya.

Os três integrantes da equipe foram acusados de espionagem e suas vidas foram ameaçadas durante 21 horas enquanto eram mantidos por soldados e a polícia secreta leais ao líder líbio, segundo o jornal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário