segunda-feira, 21 de março de 2011

Obama admite que os EUA trabalham para a queda de Gaddafi

O presidente Barack Obama disse que a “política dos Estados Unidos é que Gaddafi se retire”.  O líder americano defendeu nesta segunda-feira (21), no Chile, a intervenção dos aliados ocidentais e árabes na Líbia.
Até agora, o argumento oficial para a criação de uma zona de exclusão aérea, com autorização de ataques, tinha por objetivo proteger a população civil, e não derrubar o ditador líbio Muammar Gaddafi.
O ataque foi autorizado pelo Conselho de Segurança da ONU na última quinta-feira (17). A França tem liderado a coalizão formada por aliados ocidentais e árabes.
Obama disse que o “trabalho inicial” dos EUA é “eliminar as defesas aéreas líbias”.  Ele fez a declaração durante coletiva de imprensa junto ao presidente do Chile, Sebastián Piñera, na etapa chilena de seu giro latino-americano.
Durante o discurso, Obama ganhou o apoio do colega chileno. Piñera disse que “uma pessoa que bombardeou seu povo não pode seguir governando seu povo”, em referência a Gaddafi.
Novos tempos para a América Latina
Assim como fez no Brasil, Obama ressaltou o progresso do Chile, que se tornou o país mais desenvolvido da América Latina.
Obama lembrou que “a história entre os Estados Unidos e o resto da América Latina tem sido extremamente difícil”, fazendo alusão ao antigo apoio americano às ditaduras da região, como a de Augusto Pinochet, no Chile.
Ainda hoje, Obama fará um discurso à América Latina.
Chilenos protestam contra visita de Obama
Na véspera da chegada de Obama a Santiago, entre 300 e 400 pessoas protestaram pacificamente na capital chilena contra a visita e o acordo de cooperação em energia nuclear assinado entre os dois governos.
Os membros do Partido Comunista do Chile (PC), sindicatos e organizações de direitos humanos chegaram à praça de Armas de Santiago, no domingo, segurando cartazes de protesto. Um deles tinha o formato de uma nota de um dólar que substituía o rosto de George Washington pelo de Obama.

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